Um exemplo de “revolução” do Projeto Fala-me de Revolução criado para a comemoração dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril, do AEL.
A Escola são os alunos, os professores e todos aqueles que dão o seu contributo para que esta possa ser um espaço de humanismo, de cidadania, interculturalidade, interdisciplinaridade e partilha.
Meio século após a revolução que trouxe a liberdade ao país, é importante recuperar a memória histórica e, se necessário, fazer novas revoluções para que não se perca o que a tantos custou conquistar.
A Diana, aluna do 12º 5ª, mostrou-nos “o que resta do que fui”, partindo sozinha para uma viagem à Polónia (Cracóvia, Auschwitz-Birkenau), porque queria “sentir” o que iria apresentar no seu trabalho de História A. O resultado foi “um espetáculo” de testemunhos, didático, introspetivo, interativo e criativo. Do antissemitismo de Hitler aos horrores do Holocausto, da repressão usada durante o Estado Novo (destacando a [sobre]vivência ou a morte no Campo de Concentração do Tarrafal) à revolução dos cravos de 1974, a Diana arrastou-nos na sua viagem pelo tempo do passado. Porém, não saímos do presente; pelo meio, assistimos à evolução de uma jovem que questiona, busca respostas, reflete e consegue envolver o(s) outro(s) na sua “performance”.
Num tempo em que se pretende valorizar cada vez mais o digital na Escola, talvez fosse oportuno refletir sobre a importância de tornar a Escola mais humanizada, uma Escola onde se formem verdadeiros cidadãos que aprendam a valorizar e saber viver com a Democracia conquistada.
Obrigada, Diana, pela tua coragem e resiliência que merecem o devido reconhecimento e nos deixam orgulhosos de sermos professores. Obrigada, alunos do 10º e 11º do Curso Profissional Intérprete/Ator/Atriz, pelo vosso espetacular desempenho e empenho colaborativo com o trabalho da Diana. Obrigada, alunos do 12º 5ª, por me fazerem acreditar que a Escola forma bons cidadãos. Obrigada professor Vitor Sesinando, por demonstrar que é possível trabalhar e criar, articulando diferentes áreas e percursos de ensino. Obrigada, Sr. Diretor, por dar liberdade e mostrar reconhecimento às capacidades dos seus alunos.
A professora Ângela Conceição