Porquê recordar o dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher?

Porque a memória histórica não deve ser menosprezada e o conhecimento é o impulsionador da ação.

Em todo o mundo o progresso dos direitos das mulheres está a desaparecer diante os nossos olhos (António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas, 8 março 2023). A data, criada em 1917 para a celebração da luta pelos direitos das mulheres, é um momento histórico, não só para o reconhecimento e fortalecimento do feminismo como da luta por uma sociedade mais justa e igualitária. Torna-se portanto importante o conhecimento:  há que conhecer os erros ou sucessos do passado, valorizar e preservar ou reconhecer e evitar que se repitam num futuro próximo.

 Conhecer, valorizar, preservar e divulgar…no feminino foi o que a turma do 12º 5ª pretendeu fazer nos seus domínios de autonomia curricular  (DAC), nas disciplinas de Educação Física e História A, e partilhar, neste dia especial, com colegas do 11º 8ª, 12º 6ª e 12º 8ª. Da origem do dia internacional da mulher, na Revolução Soviética, ao destaque de uma famosa soviética, a primeira mulher a viajar no espaço, a três mulheres que se destacaram na 1ª guerra mundial, passando pelo papel importante, durante a 1ª Republica, da “nossa Beatriz Ângelo”, as alunas foram dando a conhecer, ainda que muito sucintamente, as suas mulheres. Mas é preciso não esquecer, que houve mulheres, por exemplo no mundo do desporto, que ficaram para a História por “maus exemplos” como foram as três atletas do período da Guerra Fria apresentadas, que usaram dooping para conseguir o sucesso mundial. 

 E porque há mulheres que fizeram história ainda que não se fale delas na nossa História, não são menos importantes, pois constituem bons exemplos de “património” familiar. Assim, neste dia considerou-se importante dar a conhecer as suas histórias de vida, que foram trazidas pela professora Maria Alexandra Gonçalves e pelo Sr. Diretor, Amilcar Santos. Uma mãe e uma avó foram recordadas:

“ Deixou-me um legado incalculável: nunca desistir dos nossos sonhos, ter sempre uma atitude positiva perante a vida, respeitar todos os seres humanos.Uma força da natureza!” (Professora Mª Alexandra Gonçalves)

“Se posso dizer alguma coisa em poucas palavras, diria que a minha avó materna nunca se colocou em primeiro lugar, antes se dedicou sempre serenamente aos outros.” (Diretor Amílcar Santos)

O evento de 90 minutos terminou com a mulher imigrante, numa abordagem intergeracional e interativa com os alunos que estavam a assistir, porque a mulher do presente tem algo do património feminino. “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós, deixam um pouco de si, levam um pouco de nós “  Saint-Exupéry